sexta-feira, 3 de junho de 2011

Projeto - Tecnologia

SEJA E INCLUSÃO DIGITAL
“Aprender nunca é tarde”



Ø      Público envolvido:
      Todo corpo escolar


Ø      Público alvo e construção dos trabalhos:
Alunos do Segmento Educacional de Jovens e Adultos – SEJA I


Ø      Conteúdos e temáticas que serão trabalhados:

O Curso envolverá desde a História dos Computadores até o uso da Internet como meio de pesquisa e comunicação para o fortalecimento da aprendizagem. Assim, serão trabalhados os temas:

         - O que é a Informática?

         - Quando Surgiu o Computador? (História do Computador)

         - Qual a importância do Computador atualmente?

         - Os Sistemas Operacionais e Aplicativos que fazem o funcionamento de tudo

         - O que é Internet?

         - Relação Computador X Internet

         - Eu posso aprender com o Computador?

         - O que eu faço na Internet?


Ø     Mídias e Tecnologias a serem utilizadas:

Fontes escritas: jornais, enciclopédias, livros informativos, artigos de revistas.
Sites da Internet.
Computador, microfone e máquina fotográfica digital (pode ser a câmera do celular).
Software para produção de áudio (Audacity)
Data show
Power Point


Ø      Justificativa

Um grande desafio para as escolas atualmente é a dificuldade dos alunos não saberem ler ou escrever. E hoje, é desenvolvido um grande trabalho envolvendo esse objetivo: “Ler e Escrever”. Agora, imagine há alguns anos atrás, onde não havia tantas escolas, nem profissionais aptos a desenvolver a tarefa docente, e a maioria das crianças/ adolescentes não tinham condições de ir para a escola; ou quando tinham, abandonavam por falta de interesse, necessidade de se sustentar (trabalho), problemas familiares, etc.
O que tudo isso ocasionou foi um enorme número de analfabetos no país, em especial nas regiões menos desenvolvidas. E essas pessoas, às vezes, podem sentir-se excluídas da sociedade. 
Seguindo essa meta, e pensando em outra área de aprendizado, conscientes de além da necessidade de saber ler e escrever, atualmente, é importante que todos conheçam o mundo da informática – conhecer o Computador e a Internet. Muitos são os jovens e adultos que se encontram excluídos digitalmente, acarretando assim, conseqüências sem medidas no cotidiano dessas pessoas. O presente projeto propõe um contato inicial, introduzindo as novas tecnologias na aprendizagem dos jovens e adultos fazendo com que estes tenham no mínimo noções básicas de informática, proporcionando autonomia e desenvolvimento para formação profissional e pessoal dos alunos, porque entendemos a função da escola é educar para a vida. Incluir digitalmente não é apenas "alfabetizar" as pessoas em informática, mas também melhorar os quadros sociais a partir do manuseio dos computadores. Sabemos que em uma sociedade democrática o uso da tecnologia na educação constitui um instrumento de  que deveria estar ao alcance de todo cidadão aumentando o conhecimento e estimulando o gosto e o prazer pelas linguagens virtuais.



Ø      Objetivo Geral
Este projeto tem como objetivo promover a inclusão social de populações excluídas digitalmente, utilizando as tecnologias da informação como instrumento de construção e exercício da cidadania.


Ø      Objetivos Específicos

·         Inserir os alunos do S EJA no ambiente das tecnologias da informação e comunicação, envolvendo-os com o uso do Computador e da Internet, visando a permanência e conclusão dos estudos, bem como a certificação para o mercado de trabalho.
 
·         Introduzir as tecnologias da informação e comunicação, enfatizando sua importância nos dias atuais;

·         Descobrir a importância do Computador e da Internet como meio de aprendizagem;

·         Criar um ambiente de aprendizagem com a utilização do Computador e da Internet;

·         Organizar tarefas (textos, jornais, livretos, etc.) para serem desenvolvidas no Laboratório de Informática;

·         Incentivar a pesquisa através da Internet, selecionando o que realmente poderá ser utilizado pelos alunos no dia-a-dia;

·         Criar uma Página de Internet com dados e trabalhos realizados pelos alunos durante a realização do curso.


Ø            Metodologia 

As aulas serão dadas de forma dinâmica, em que os alunos se sintam parte do Laboratório de Informática, interagindo com o computador e colegas de turmas. Eles realizarão atividades no computador, individualmente e em grupo, tentando dessa forma, numa união coletiva, compreender e trocar informações através do uso das tecnologias. Para isso nos valeremos da construção das seguintes oficinas:
- Navegando pela Internet;
- Aula expositiva sobre as temáticas;
- Conhecendo as redes sociais;
- Fotografia e exposição fotográfica on-line;
- Usando o Power Point;
- Oficina de vídeo;
- Construindo um Hipertexto a partir das leituras realizadas e conversações;
- Construindo um blog;
- Construção de um e-mail da turma: Exposição de comentário pessoal acerca de algum tema estudado, instigando os visitantes da web page darem suas contribuições para melhoria do trabalho.


Ø            Cronograma
 O curso seguirá o seguinte cronograma para sua execução:
 Total de participantes por turno: 24 alunos;
 Alunos por computador: 01/02 alunos;
 Horas por semana: 02 horas;
 Duração: 01 semestre.



Ø            Avaliação
A avaliação será feita através da realização de atividades propostas no decorrer do curso e a freqüência dos alunos na participação das aulas.


Ø            Conclusão
Cientes da grande responsabilidade do uso das tecnologias como meio de aprendizagem, acreditamos que será um grande desafio para todos os envolvidos no projeto. Dessa forma, é provável que a partir das possibilidades criadas e da interação com o conhecimento das tecnologias, novas perspectivas farão parte do cotidiano e da vida dos alunos, possibilitando a estes uma nova aprendizagem, auto-estima, autonomia e conhecimento.



segunda-feira, 23 de maio de 2011

Sociedade e Consumo


“Criança: A Alma do Negócio”
Comentário Crítico
Por Silvia Matos


Em todo o mundo o consumo vem aumentando de forma significativa. Um dos fatores se deve ao acúmulo de capital das empresas e expansão de produtos criados por elas, juntamente com os anúncios publicitários que propõem consumo a todo o momento. Além da profunda interferência que esse consumo causa a natureza pela exploração de matérias-primas necessárias às indústrias, tem trazido também mudanças no comportamento e nas relações humanas. O consumo tem se tornado a finalidade última, e em muitos casos passa-se a adquirir cada vez mais produtos supérfluos, motivo pela qual as indústrias têm investido na quantidade e variedade de bens e serviços.

A lógica da atividade econômica tem se invertido, pois tem ido além da satisfação das necessidades básicas, e o consumidor passa a estar a serviço da produção.  Com a finalidade de se escoar os bens, são criados técnicas de publicidade e propaganda cada vez mais arrojadas e criativas. Visto que, o tempo de vida útil dos produtos é encurtado, a sociedade do consumo está emersa na idéia da descartabilidade, o do “usar e jogar fora”. Dessa forma, a comunicação mercadológica voltou sua atenção para atrair o mundo infantil na busca da satisfação e do prazer imediato no ato de consumir. Passou a fazer isso sem dó e muitas vezes sem dar a menor atenção aos efeitos colaterais do exagero da sedução no desenvolvimento afetivo, intelectual e psicológico. Constantemente nos deparamos com cenas em que as crianças acumulam brinquedos e em um curto prazo de tempo desejam substituir por outro que estava mais na moda ou mais evidenciado pelos meios de comunicação. Hoje com freqüência vemos crianças a dar palpites e opinar sobre compras e acima de tudo a exigir coisas. Segundo Wallon, na idade de 3 aos 6 anos (idade do personalismo), a criança está dividida em um desejo intenso de autonomia e seu vínculo com as relações familiares. Nesse espaço em que ela se encontra pode ser mais fácil para ela fazer alguns ensaios de autonomia, na qual é levada a fazer escolhas, de negar algo, de discordar de alguém, de dizer não. Este mesmo autor afirma que o desejo intenso de autonomia também poderá influenciar nas escolhas de consumo que uma criança venha a ter em cada fase de desenvolvimento. A publicidade voltada para o mundo da criança tem estimulado também a vaidade infantil e a erotização através das roupas, músicas, do modismo em geral. No artigo “Os percursos do corpo na cultura contemporânea”, Malu Fontes apresenta o percurso do corpo, sobretudo o corpo feminino, que segundo seu estudo é mais suscetível aos modismos ditados pela Publicidade. Se os efeitos de marketing já são decisórios na vida de um adulto, quais seriam então as conseqüências disso na mente de uma criança?

É o que mostra o documentário “Criança: A alma do negócio”, nele abrange como a sociedade de consumo e as mídias interferem na formação de crianças e adolescentes e como estes se tornaram alvo de negócios para a publicidade. A imprensa descobriu que é muito mais fácil convencer uma criança do que um adulto. E por se tornar alvo fácil, é constantemente bombardeada pela indústria de consumo. O livre acesso à mídia e aos meios de comunicação por parte das crianças interfere diretamente no comportamento destas e no seu desejo de consumir. É comum encontrarmos nos shoppings e mercados, os pequenos chorando para adquirir ou consumir um produto. Para evitar um constrangimento, a mãe ou o adulto responsável não costuma negar. E o que chama a atenção é a brilhante memória infantil para as marcas e preferências. Pois o produto desejado é o que está na mídia com mais freqüência, através de propagandas divertidas e rótulos chamativos e bem coloridos. E se o produto adquirido não for o veiculado pela mídia, este não serve, porque a criança não compartilha da mesma convivência com os colegas e, portanto, é excluído.

Uma das cenas mais marcantes no documentário é quando uma das crianças entrevistada em seu espaço fechado, não reconhece as frutas e os legumes que lhe é mostrada. Por ter acesso à educação certamente conheça os nomes em figuras impressas em revistas ou livros didáticos, mas não houve nenhuma associação destes nomes aos objetos reais palpáveis, gerando até mesmo certa estranheza ao tocar a manga e a cheirar o pimentão. Porém foi certeira na marca do produto, quando lhe foi mostrado um saco de salgadinho. A cena apenas ratifica a concepção de que o uso indiscriminado de produtos industrializados pode prejudicar a saúde e a qualidade de vida de muitas famílias, colocando-as em situações de grande dependência e fragilidade. Ao deparar-me com essa cena automaticamente fui transportada a refletir na situação em que se encontrará o estado de saúde pública das próximas gerações!

O filme evidencia que o consumo é um hábito que aos poucos é incentivado e desde muito cedo é fomentada pelo excesso de publicidade veiculado na televisão e todos os outros meios de comunicação. Em parte, vale ressaltar que o assunto ficaria ainda mais sério caso retratasse do uso de mensagens subliminares para crianças e seus efeitos, que é uma forma ilegal de induzir a compra, na qual ela não se toma consciência, mas o cérebro é capaz de registrar em seu subconsciente um desejo, que pouco tempo depois de exposta a cena, dá vontade de consumir aquela marca, mostrada num intervalo de propaganda aparentemente simples e discreta.

Em contrapartida desse bombardeio, os cuidados da proteção da infância diante dos avanços publicitários, o Instituto Alana, organização sem fins lucrativos, tem como missão fomentar assistência social e educacional promovendo atividades em prol da defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes no que se refere às relações de consumo de forma geral e aos exageros no ato de consumir em que essas crianças são expostas. A partir daí, fica o questionamento: Onde se encontra a dimensão ética na Publicidade voltada para o mundo infantil? Chauí afirma que “toda moral é normativa, pois cabe-lhe a tarefa de inculcar nos indivíduos os padrões de conduta, os costumes e valores da sociedade em que vivem”. Conclui-se, portanto que a ética está estreitamente relacionada a moral, e que valores morais são a fonte de valores éticos, e que os valores morais é a base de uma sociedade em completa organização. Porém encontramos na televisão e nas mídias, a artificialização da existência, onde a publicidade apresenta às crianças uma série de objetos de consumo prometendo-lhes um mundo colorido cheios de sonhos e alegrias através de objeto de desejo, fazendo com que traços que seriam estabelecidos pela história familiar e pela experiência cultural passem a ser marcados de forma fragmentada pelas vias dos objetos.   


Webquest (módulo 5) - Poluição e Meio Ambiente

http://www.webeducacional.com/webquest/webquest/soporte_tabbed_w.php?id_actividad=2080&id_pagina=1

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Conceitos

Ciberespaço
Embora seja um termo cada vez mais utilizado na mídia e proporcionado pela Internet, o significado dessa expressão vai além da nova tecnologia. Significa todo o conjunto de redes de computadores nas quais circulam todos os tipos de informação, é o espaço não físico constituído pelas tecnologias digitais e surge também como um novo espaço pedagógico.

[...] É o novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores. O termo especifica não apenas a infra-estrutura material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de informações que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo (LÉVY 1999. p. 17).

É o novo espaço de comunicação proporcionado pela interconexão mundial de computadores e das memórias dos computadores. Incluindo aí todos os sistemas de comunicação eletrônica que transmitem informações oriundas de fontes digitais ou que sejam destinadas à digitalização.


Cibercultura

É um novo espaço virtual caracterizado por um  conjunto de técnicas, práticas e atitudes proporcionada pelo ciberespaço, onde a cooperação e o compartilhamento na estruturação de uma informação torna-se viável através de uma construção multidirecional, onde todos podem emitir e receber informações e através desta ferramenta, construir um conteúdo. É a forma sociocultural que espelha-se na relação de trocas entre a sociedade, englobando a cultura e as novas tecnologias de base, onde destacamos as comunidades como propulsoras da popularização da internet por exemplo, além de outras tecnologias.



As Redes Sociais e a comunicação hacker

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

RESENHA - Cibercultura de Pierre Lévy


LÉVY, Pierre. Cibercultura. Trad Carlos Irineu Costa. São Paulo: Ed. 34, 1999. 260 p. (Coleção TRANS)

O filósofo Pierre Lévy nasceu na Tunísia em 1956 e se ocupa em estudar as interações entre o espaço virtual e a sociedade. Levy realizou seus estudos na França, onde fez doutorado em Sociologia e em Ciências da Informação e da Comunicação, hoje é professor titular da cadeira de Pesquisa em Inteligência Coletiva da Universidade de Ottawa, no Canadá. É um dos pensadores mais representativos da revolução digital no mundo contemporâneo prestando serviço a vários governos, organismos internacionais e grandes empresas no tangente às implicações culturais das novas tecnologias.

O livro Cibercultura, uma das principais obras de Pirre Lévy, inclui 18 capítulos e está dividido em três partes intituladas: Definições (5 capítulos), Proposições (8 capítulos) e Problemas (5 capítulos), além da Introdução e da Conclusão. O livro possui como foco central o desenvolvimento das tecnologias digitais da informação e comunicação, abordando as implicações culturais, valores e modos de pensamento desenvolvidos a partir do crescimento do ciberespaço.

Na introdução, Pierre Lévy inicia sua obra afirmando ser um otimista em relação aos benefícios que a tecnologia traz para a sociedade. Ele faz uma analogia com o Dilúvio para exemplificar a ideia de um mar informacional que nos encontramos face a navegação na Internet.

Na primeira parte, Lévy traz aos não familiarizados uma série de definições e conceitos básicos como por exemplo, o que é virtual, digital, hiperdocumentos, multimídia, ciberespaço, correio eletrônico, interatividade, conferência eletrônica e transferência de arquivos. Retrata também acerca dos impactos sociais e culturais das novas tecnologias, tornando a participação do homem necessária na cibercultura. Ainda nesse primeiro momento, o autor trata dos diferentes tipos de interatividade na comunicação e diferentes ambientes de navegação encontrados no World Wide Web.

Na segunda parte, ele integra em 8 capítulos uma abordagem das partes artísticas da cibercultura. Na arte desse espaço o autor retrata dois mundos virtuais: o of-line e o on-line, percorridos e enriquecidos de forma coletiva. O artista do seculo XXI faz surgir o engenheiro desses dois mundos. Traz uma explicação teórica do conceito de universal e de totalidade. Para Lévy a cibercultura é definida pela “universalidade sem totalidade”, ou seja, aceitar a todos e permitir sua interconexão independente, sem direção ou sem centralização de ideias. Para ele o universal não se baseia mais em um sentido único, mas sim pela conexão pelo contato, a “interação geral”. Sendo possível a partir disso, compreender o movimento social propagado na cibercultura, suas formas estéticas e sua relação com o saber e com as reformas educacionais necessárias na cultura do espaço virtual.

A terceira parte está reunida em 5 capítulos. O autor traz uma reflexão dos aspectos negativos da Internet. Discute a crítica da substituição, da dominação, e a crítica da crítica, levando o leitor a uma profunda reflexão acerca do dinamismo da cibercultura, sobre a dialética utópica dos negócios, colocando o ciberespaço a serviço do desenvolvimento individual e regional, a serviço de processos emancipadores e da inteligência coletiva. Fala ainda sobre a manutenção da diversidade das línguas e das culturas, bem como dos problemas de exclusão e desigualdades sociais frentes às novas tecnologias. Por isso se dá a importância da popularização da rede objetivando a inclusão dos que estão a margem da cultural digital.

Afirma que a Web é um imenso espaço digital que se expandi constantemente de forma acelerada. O autor deixa claro que a a partir de metodologias diferentes de se navegar é possível encontrar praticamente tudo por meio da Internet devido ao grande leque de possibilidades informacionais. Além disso, considera a Cibercultura um espaço de interatividade, como um dispositivo livre de comunicação que proporciona aos seus usuários um movimento social de busca da interação global entre os participantes. Levy desde o inicio foi acusado de excesso de otimismo em relação às novas tecnologias, exagerando no prognóstico no que se refere aos benefícios da tecnologia para a sociedade. De fato existe uma noção de que os “dispositivos informacionais e comunicacionais” e o acesso a multimídia funcionam como um diferencial de um verdadeiro suporte de mudanças culturais trazidas pela Internet. Concordo quando transparece a ideia de que a interatividade aumenta as nossas capacidades cognitivas, tanto individuais quanto coletivas. Segundo Levy, o modo de relação entre as pessoas é que vai impulsionar as transformações e não apenas o acesso aos textos, sons, imagens ou quaisquer recursos tecnológicos. Diferente do papel, o texto digital e o ambiente virtual permitem uma nova forma de saber, diferente da anterior. A lógica de aprendizagem do sujeito tornam-se potencialmente imprevisível, pois o enfoque de suporte digital possibilita uma leitura interativa, mais dinâmica e não linear. Porém, isso não significa que os esquemas tradicionais de leitura e de escrita encontram-se em detrimento da lógica dos hipertextos. Não se deve desconsiderar resultados de pesquisas por parte de psicólogos, comunicólogos, linguistas e educadores constatando a dificuldade dos leitores em lidar com os hipertextos e a sua lógica de funcionamento. Dificuldades estas que poderão ser superadas, mas que para o autor essa problemática parece não fazer muito sentido.

O livro trata-se de uma obra clássica, de um autor originário da escola européia, possuindo pensamento direto, simples e objetivo, mas ao mesmo tempo profundo e reflexivo, equilibrando-se, na visão otimista sem desmerecer os aspectos negativos quanto a utilidade das novas tecnologias de comunicação. Trata-se de uma leitura relevante a todos que queiram intensificar as reflexões ocorridas pelas mudanças culturais acarretadas pela expansão das telecomunicações e da informática. Considero também indispensável principalmente para pesquisadores das áreas de Educação, Ciência da Informação, Comunicação, Psicologia e Sociologia. Em obras anteriores deste autor, o mesmo tema é abordado em “O que é Virtual” e “As Tecnologias da Inteligência”. 

Silvia Matos 





segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Uso das TIC: Participação ou Exclusão?

Iberim Fólico - Todas as informações contidas na bBula do remédio Iberim Fólico com posologia, indicações, efeitos colaterais, interaçula de Iberim Fólico têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional especializado ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Devido ao processo Gradumet as possibilidades de intolerância gástrica são muito remotas, mas na eventualidade de se manifestarem recomenda-se a utilização do comprimido logo após uma das refeições. O ácido ascórbico geralmente é bem tolerado, foram relatados casos isolados de reações alérgicas. Sensibilização alérgica foi descrita após administração, tanto oral como parenteral, de ácido fólico.




O que é Ética Hacker

Toda sociedade tem uma moral e uma ética. A moral está ligada aos costumes e ao nosso entendimento do que é certo e do que é errado variando de acordo com a cultura de cada um. Ética são as decisões que tomamos e que afetam a nós mesmos e a sociedade. 

Como toda sociedade, o mundo virtual também possui um código de ética que são regras que devem ser seguidas. A ética hacker consiste basicamente em beneficiar a sociedade como um todo através do compartilhamento da informação.  Sempre que possível o hacker facilita o acesso a ela e aos recursos disponíveis para o computador, disseminando também suas experiências e programando software livre. Os três pilares da ética hacker são basicamente a Colaboração, o Conhecimento e a Liberdade.

Portanto, foi a partilha e a livre circulação da informação os responsáveis por criar a Internet, World Wide Web (www) e a plataforma livre LINUX, concorrente direta da mais difundida empresa de software proprietário do mundo: a Microsoft Windows.

Os princípios da ética hacker segundo Steven Levy se resumem nos seguintes princípios:
  • Compartilhamento
  • Abertura
  • Descentralização 
  • Livre acesso aos computadores
  • Melhoria do mundo   

Esse entendimento é de suma relevância no contexto sócio-educacional quando se trata de profissionais que valorizam a cooperação e a difusão do conhecimento. Visto que  a competitividade do mercado atual é baseada na monopólio da informação e na falta de generosidade, nós educadores precisamos aprender a lidar com as novas demandas posta pela sociedade contemporânea.  Esse contexto nos obriga a sermos melhores intérpretes desse espaço dinâmico e criativo, bem como a habitar novos cenários, cada vez mais múltiplo, híbrido de conexões desafiadoras.

É válido ressaltar que penetrar um sistema com a prática do roubo, vandalismo e quebra da confidencialidade não são aceitáveis na ética hacker. Aos indivíduos que praticam a quebra de um sistema de segurança ilegalmente são chamados de crackers. Cracker é o termo designado a quem pratica a quebra (ou craking) sem a ética. Estes são fraudadores que atuam sem conduta na invasão de computadores alheios para ações criminosas.



Dimensão Estruturante da Tecnologia 

O uso da tecnologia pode ser avaliada sob duas dimensões: na primeira, a tecnologia é entendida como um instrumento/ferramenta para aperfeiçoar e agilizar processos. Na outra, a tecnologia é tida como fundamento estruturante de novos processos. A tecnologia pode ser vista apenas como um artefato criado pelo homem a fim de tornar seu trabalho mais leve e interação comunicativa mais fácil. 

Vale dizer que a compreensão do binômio Educação e Tecnologia significa ter clareza que de nada adianta termos em nossas mãos a última geração de determinados artefatos tecnológicos, mas sim, ter no profissional da educação o principal ator no processo ensino-aprendizagem. Se ele deve ser problematizador, mediador, inventivo, transformador dos conhecimentos científico, histórico e culturalmente produzidos pela humanidade, deve-se também reconhecer que entre outras necessidades a capacitação deste profissional, que é agente de mudanças, tornem-se prioridades para que os objetivos educacionais sejam devidamente alcançados.

"Como docentes buscamos que os alunos construam os conhecimentos nas diferentes disciplinas, conceitualizem, participem nos processos de negociação e de recriação de significados de nossa cultura, entendam os modos de pensar e de pesquisar das diferentes disciplinas, participem de forma ativa e crítica na reelaboração pessoal e grupal da cultura, opinem com fundamentações que rompam com o senso comum, debatam com seus companheiros argumentando e contra-argumentando, elaborem produções de índole diversa: um conto, uma enquete, um mapa conceitual, um resumo, um quadro estatístico, um programa de rádio, um jornal escolar, um vídeo, um software, uma exposição fotográfica, etc." Litwin, (1997, p. 33)


   

"INTELIGÊNCIA COLETIVA, VENENO E REMÉDIO DA CIBERCULTURA"
Segundo Pierre Lévy, "o crescimento do Ciberespaço não determina automaticamente o desenvolvimento da inteligencia coletiva, apenas fornece a esta inteligência um ambiente propício." Nas órbitas de interações digitais também faz emergir diversas formas novas...
  1. "de isolamento e de sobrecarga cognitiva (estresse de comunicação e pelo trabalho diante da tela),
  2. de dependência (vício na navegação ou em jogos em mundos virtuais),
  3. de dominação (reforço dos centros de decisão e de controle, domínio quase monopolista de algumas potências econômicas sobre funções importantes de rede etc.),
  4. de exploração (em alguns casos de teletrabalho vigiado ou de deslocalização de atividades no terceiro mundo),
  5. e mesmo de bobagem coletiva (rumores, conformismo em rede ou em comunidades virtuais, acúmulo de dados sem qualquer informação, "televisão interativa")."
  6.    
    "...A INTELIGÊNCIA COLETIVA QUE FAVORECE A CIBERCULTURA É AO MESMO TEMPO UM VENENO PARA AQUELES QUE DELA NÃO PARTICIPAM.. E UM REMÉDIO PARA AQUELES QUE MERGULHAM EM SEUS TURBILHÕES E CONSEGUEM CONTROLAR A PRÓPRIA DERIVA NO MEIO DE SUAS CORRENTES."


Exclusão Digital

Apesar dos benefícios trazidos pelas tecnologias nos diversos setores educacionais e da política de barateamento das máquinas, é possível encontrar muitos em nossos espaços escolares que são tidos como  analfabetos digitais. Os excluídos digitalmente não se limitam apenas ao espaço escolar. Tanto dentro quanto fora da escola ficam caracterizados o distanciamento e a falta de conhecimento dos alunos no que se refere ao uso das TIC (Tecnologia de Informação e Comunicação).

A exclusão digital é uma realidade caracterizada por ser mais uma consequência das desigualdades sociais e deve ser levada em consideração no contexto educacional. Tendo em vista que os avanços tecnológicos cada vez mais fazem parte do cotidiano e que interagir com essas tecnologias de forma consciente é uma das exigências da sociedade contemporânea, compreender a interação do aluno com as tecnologias de informação e comunicação são tão importantes quanto outras formas de aprender e devem ser levadas a sério na formação integral desse aluno e na sua participação social conectada ao seu contexto diário.

Os produtos de alta tecnologia como a internet e o computador contém o principal componente que é o conhecimento. Com eles e a forma com que eles são utilizados é possível a melhoria na educação, o incentivo à aprendizagem, o despertar da criatividade, a comunicação entre grupos, interação social e acima de tudo a melhoria na qualidade de vida dos que nunca ou pouco acesso tiveram aos recursos tecnológicos. Incorporar esses saberes à educação de crianças,  jovens e adultos é mais que uma necessidade. Torna-se hoje uma medida emergente. Não ter acesso a internet ou outras inovações tecnológicas dos nossos dias pode comprometer a mobilidade social e a empregabilidade de uma pessoa.

Ao levarmos em conta que uma parcela significativa da população não tem acesso à educação tecnológica, podemos perceber uma grande contradição, é a democratização da informação que não é igualitária. Esse distanciamento das novas tecnologias em relação aos menos favorecidos pode se tornar um abismo a longo prazo, onde a desigualdade ficará/está fortemente caracterizada.








Essa tecnologia sempre prega uma peça na gente!
A tecnologia evolui cada vez mais todo dia… o problema é que agente não acompanha a tecnologia com a mesma velocidade, e sempre ela está pregando uma peça na gente!

"... para as classes sociais ou regiões do mundo que não participam de efervescência da criação, produção e apropriação lúdica dos novos instrumentos digitais, para todos esses a evolução técnica parece ser a manifestação de um "outro" ameaçador. Para dizer a verdade, cada um de nós se encontra em maior ou menor grau nesse estado de desapossamento. A aceleração é tão forte e tão generalizada que até mesmo os mais "ligados" encontram-se em graus diversos, ultrapassados pela mudança, já que ninguém pode participar ativamente da criação das transformações do conjunto de especialidades técnicas, nem mesmo seguir essas transformações de perto."  
Pierre Lévy