segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Uso das TIC: Participação ou Exclusão?

Iberim Fólico - Todas as informações contidas na bBula do remédio Iberim Fólico com posologia, indicações, efeitos colaterais, interaçula de Iberim Fólico têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional especializado ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Devido ao processo Gradumet as possibilidades de intolerância gástrica são muito remotas, mas na eventualidade de se manifestarem recomenda-se a utilização do comprimido logo após uma das refeições. O ácido ascórbico geralmente é bem tolerado, foram relatados casos isolados de reações alérgicas. Sensibilização alérgica foi descrita após administração, tanto oral como parenteral, de ácido fólico.




O que é Ética Hacker

Toda sociedade tem uma moral e uma ética. A moral está ligada aos costumes e ao nosso entendimento do que é certo e do que é errado variando de acordo com a cultura de cada um. Ética são as decisões que tomamos e que afetam a nós mesmos e a sociedade. 

Como toda sociedade, o mundo virtual também possui um código de ética que são regras que devem ser seguidas. A ética hacker consiste basicamente em beneficiar a sociedade como um todo através do compartilhamento da informação.  Sempre que possível o hacker facilita o acesso a ela e aos recursos disponíveis para o computador, disseminando também suas experiências e programando software livre. Os três pilares da ética hacker são basicamente a Colaboração, o Conhecimento e a Liberdade.

Portanto, foi a partilha e a livre circulação da informação os responsáveis por criar a Internet, World Wide Web (www) e a plataforma livre LINUX, concorrente direta da mais difundida empresa de software proprietário do mundo: a Microsoft Windows.

Os princípios da ética hacker segundo Steven Levy se resumem nos seguintes princípios:
  • Compartilhamento
  • Abertura
  • Descentralização 
  • Livre acesso aos computadores
  • Melhoria do mundo   

Esse entendimento é de suma relevância no contexto sócio-educacional quando se trata de profissionais que valorizam a cooperação e a difusão do conhecimento. Visto que  a competitividade do mercado atual é baseada na monopólio da informação e na falta de generosidade, nós educadores precisamos aprender a lidar com as novas demandas posta pela sociedade contemporânea.  Esse contexto nos obriga a sermos melhores intérpretes desse espaço dinâmico e criativo, bem como a habitar novos cenários, cada vez mais múltiplo, híbrido de conexões desafiadoras.

É válido ressaltar que penetrar um sistema com a prática do roubo, vandalismo e quebra da confidencialidade não são aceitáveis na ética hacker. Aos indivíduos que praticam a quebra de um sistema de segurança ilegalmente são chamados de crackers. Cracker é o termo designado a quem pratica a quebra (ou craking) sem a ética. Estes são fraudadores que atuam sem conduta na invasão de computadores alheios para ações criminosas.



Dimensão Estruturante da Tecnologia 

O uso da tecnologia pode ser avaliada sob duas dimensões: na primeira, a tecnologia é entendida como um instrumento/ferramenta para aperfeiçoar e agilizar processos. Na outra, a tecnologia é tida como fundamento estruturante de novos processos. A tecnologia pode ser vista apenas como um artefato criado pelo homem a fim de tornar seu trabalho mais leve e interação comunicativa mais fácil. 

Vale dizer que a compreensão do binômio Educação e Tecnologia significa ter clareza que de nada adianta termos em nossas mãos a última geração de determinados artefatos tecnológicos, mas sim, ter no profissional da educação o principal ator no processo ensino-aprendizagem. Se ele deve ser problematizador, mediador, inventivo, transformador dos conhecimentos científico, histórico e culturalmente produzidos pela humanidade, deve-se também reconhecer que entre outras necessidades a capacitação deste profissional, que é agente de mudanças, tornem-se prioridades para que os objetivos educacionais sejam devidamente alcançados.

"Como docentes buscamos que os alunos construam os conhecimentos nas diferentes disciplinas, conceitualizem, participem nos processos de negociação e de recriação de significados de nossa cultura, entendam os modos de pensar e de pesquisar das diferentes disciplinas, participem de forma ativa e crítica na reelaboração pessoal e grupal da cultura, opinem com fundamentações que rompam com o senso comum, debatam com seus companheiros argumentando e contra-argumentando, elaborem produções de índole diversa: um conto, uma enquete, um mapa conceitual, um resumo, um quadro estatístico, um programa de rádio, um jornal escolar, um vídeo, um software, uma exposição fotográfica, etc." Litwin, (1997, p. 33)


   

"INTELIGÊNCIA COLETIVA, VENENO E REMÉDIO DA CIBERCULTURA"
Segundo Pierre Lévy, "o crescimento do Ciberespaço não determina automaticamente o desenvolvimento da inteligencia coletiva, apenas fornece a esta inteligência um ambiente propício." Nas órbitas de interações digitais também faz emergir diversas formas novas...
  1. "de isolamento e de sobrecarga cognitiva (estresse de comunicação e pelo trabalho diante da tela),
  2. de dependência (vício na navegação ou em jogos em mundos virtuais),
  3. de dominação (reforço dos centros de decisão e de controle, domínio quase monopolista de algumas potências econômicas sobre funções importantes de rede etc.),
  4. de exploração (em alguns casos de teletrabalho vigiado ou de deslocalização de atividades no terceiro mundo),
  5. e mesmo de bobagem coletiva (rumores, conformismo em rede ou em comunidades virtuais, acúmulo de dados sem qualquer informação, "televisão interativa")."
  6.    
    "...A INTELIGÊNCIA COLETIVA QUE FAVORECE A CIBERCULTURA É AO MESMO TEMPO UM VENENO PARA AQUELES QUE DELA NÃO PARTICIPAM.. E UM REMÉDIO PARA AQUELES QUE MERGULHAM EM SEUS TURBILHÕES E CONSEGUEM CONTROLAR A PRÓPRIA DERIVA NO MEIO DE SUAS CORRENTES."


Exclusão Digital

Apesar dos benefícios trazidos pelas tecnologias nos diversos setores educacionais e da política de barateamento das máquinas, é possível encontrar muitos em nossos espaços escolares que são tidos como  analfabetos digitais. Os excluídos digitalmente não se limitam apenas ao espaço escolar. Tanto dentro quanto fora da escola ficam caracterizados o distanciamento e a falta de conhecimento dos alunos no que se refere ao uso das TIC (Tecnologia de Informação e Comunicação).

A exclusão digital é uma realidade caracterizada por ser mais uma consequência das desigualdades sociais e deve ser levada em consideração no contexto educacional. Tendo em vista que os avanços tecnológicos cada vez mais fazem parte do cotidiano e que interagir com essas tecnologias de forma consciente é uma das exigências da sociedade contemporânea, compreender a interação do aluno com as tecnologias de informação e comunicação são tão importantes quanto outras formas de aprender e devem ser levadas a sério na formação integral desse aluno e na sua participação social conectada ao seu contexto diário.

Os produtos de alta tecnologia como a internet e o computador contém o principal componente que é o conhecimento. Com eles e a forma com que eles são utilizados é possível a melhoria na educação, o incentivo à aprendizagem, o despertar da criatividade, a comunicação entre grupos, interação social e acima de tudo a melhoria na qualidade de vida dos que nunca ou pouco acesso tiveram aos recursos tecnológicos. Incorporar esses saberes à educação de crianças,  jovens e adultos é mais que uma necessidade. Torna-se hoje uma medida emergente. Não ter acesso a internet ou outras inovações tecnológicas dos nossos dias pode comprometer a mobilidade social e a empregabilidade de uma pessoa.

Ao levarmos em conta que uma parcela significativa da população não tem acesso à educação tecnológica, podemos perceber uma grande contradição, é a democratização da informação que não é igualitária. Esse distanciamento das novas tecnologias em relação aos menos favorecidos pode se tornar um abismo a longo prazo, onde a desigualdade ficará/está fortemente caracterizada.








Essa tecnologia sempre prega uma peça na gente!
A tecnologia evolui cada vez mais todo dia… o problema é que agente não acompanha a tecnologia com a mesma velocidade, e sempre ela está pregando uma peça na gente!

"... para as classes sociais ou regiões do mundo que não participam de efervescência da criação, produção e apropriação lúdica dos novos instrumentos digitais, para todos esses a evolução técnica parece ser a manifestação de um "outro" ameaçador. Para dizer a verdade, cada um de nós se encontra em maior ou menor grau nesse estado de desapossamento. A aceleração é tão forte e tão generalizada que até mesmo os mais "ligados" encontram-se em graus diversos, ultrapassados pela mudança, já que ninguém pode participar ativamente da criação das transformações do conjunto de especialidades técnicas, nem mesmo seguir essas transformações de perto."  
Pierre Lévy