sexta-feira, 3 de junho de 2011

Projeto - Tecnologia

SEJA E INCLUSÃO DIGITAL
“Aprender nunca é tarde”



Ø      Público envolvido:
      Todo corpo escolar


Ø      Público alvo e construção dos trabalhos:
Alunos do Segmento Educacional de Jovens e Adultos – SEJA I


Ø      Conteúdos e temáticas que serão trabalhados:

O Curso envolverá desde a História dos Computadores até o uso da Internet como meio de pesquisa e comunicação para o fortalecimento da aprendizagem. Assim, serão trabalhados os temas:

         - O que é a Informática?

         - Quando Surgiu o Computador? (História do Computador)

         - Qual a importância do Computador atualmente?

         - Os Sistemas Operacionais e Aplicativos que fazem o funcionamento de tudo

         - O que é Internet?

         - Relação Computador X Internet

         - Eu posso aprender com o Computador?

         - O que eu faço na Internet?


Ø     Mídias e Tecnologias a serem utilizadas:

Fontes escritas: jornais, enciclopédias, livros informativos, artigos de revistas.
Sites da Internet.
Computador, microfone e máquina fotográfica digital (pode ser a câmera do celular).
Software para produção de áudio (Audacity)
Data show
Power Point


Ø      Justificativa

Um grande desafio para as escolas atualmente é a dificuldade dos alunos não saberem ler ou escrever. E hoje, é desenvolvido um grande trabalho envolvendo esse objetivo: “Ler e Escrever”. Agora, imagine há alguns anos atrás, onde não havia tantas escolas, nem profissionais aptos a desenvolver a tarefa docente, e a maioria das crianças/ adolescentes não tinham condições de ir para a escola; ou quando tinham, abandonavam por falta de interesse, necessidade de se sustentar (trabalho), problemas familiares, etc.
O que tudo isso ocasionou foi um enorme número de analfabetos no país, em especial nas regiões menos desenvolvidas. E essas pessoas, às vezes, podem sentir-se excluídas da sociedade. 
Seguindo essa meta, e pensando em outra área de aprendizado, conscientes de além da necessidade de saber ler e escrever, atualmente, é importante que todos conheçam o mundo da informática – conhecer o Computador e a Internet. Muitos são os jovens e adultos que se encontram excluídos digitalmente, acarretando assim, conseqüências sem medidas no cotidiano dessas pessoas. O presente projeto propõe um contato inicial, introduzindo as novas tecnologias na aprendizagem dos jovens e adultos fazendo com que estes tenham no mínimo noções básicas de informática, proporcionando autonomia e desenvolvimento para formação profissional e pessoal dos alunos, porque entendemos a função da escola é educar para a vida. Incluir digitalmente não é apenas "alfabetizar" as pessoas em informática, mas também melhorar os quadros sociais a partir do manuseio dos computadores. Sabemos que em uma sociedade democrática o uso da tecnologia na educação constitui um instrumento de  que deveria estar ao alcance de todo cidadão aumentando o conhecimento e estimulando o gosto e o prazer pelas linguagens virtuais.



Ø      Objetivo Geral
Este projeto tem como objetivo promover a inclusão social de populações excluídas digitalmente, utilizando as tecnologias da informação como instrumento de construção e exercício da cidadania.


Ø      Objetivos Específicos

·         Inserir os alunos do S EJA no ambiente das tecnologias da informação e comunicação, envolvendo-os com o uso do Computador e da Internet, visando a permanência e conclusão dos estudos, bem como a certificação para o mercado de trabalho.
 
·         Introduzir as tecnologias da informação e comunicação, enfatizando sua importância nos dias atuais;

·         Descobrir a importância do Computador e da Internet como meio de aprendizagem;

·         Criar um ambiente de aprendizagem com a utilização do Computador e da Internet;

·         Organizar tarefas (textos, jornais, livretos, etc.) para serem desenvolvidas no Laboratório de Informática;

·         Incentivar a pesquisa através da Internet, selecionando o que realmente poderá ser utilizado pelos alunos no dia-a-dia;

·         Criar uma Página de Internet com dados e trabalhos realizados pelos alunos durante a realização do curso.


Ø            Metodologia 

As aulas serão dadas de forma dinâmica, em que os alunos se sintam parte do Laboratório de Informática, interagindo com o computador e colegas de turmas. Eles realizarão atividades no computador, individualmente e em grupo, tentando dessa forma, numa união coletiva, compreender e trocar informações através do uso das tecnologias. Para isso nos valeremos da construção das seguintes oficinas:
- Navegando pela Internet;
- Aula expositiva sobre as temáticas;
- Conhecendo as redes sociais;
- Fotografia e exposição fotográfica on-line;
- Usando o Power Point;
- Oficina de vídeo;
- Construindo um Hipertexto a partir das leituras realizadas e conversações;
- Construindo um blog;
- Construção de um e-mail da turma: Exposição de comentário pessoal acerca de algum tema estudado, instigando os visitantes da web page darem suas contribuições para melhoria do trabalho.


Ø            Cronograma
 O curso seguirá o seguinte cronograma para sua execução:
 Total de participantes por turno: 24 alunos;
 Alunos por computador: 01/02 alunos;
 Horas por semana: 02 horas;
 Duração: 01 semestre.



Ø            Avaliação
A avaliação será feita através da realização de atividades propostas no decorrer do curso e a freqüência dos alunos na participação das aulas.


Ø            Conclusão
Cientes da grande responsabilidade do uso das tecnologias como meio de aprendizagem, acreditamos que será um grande desafio para todos os envolvidos no projeto. Dessa forma, é provável que a partir das possibilidades criadas e da interação com o conhecimento das tecnologias, novas perspectivas farão parte do cotidiano e da vida dos alunos, possibilitando a estes uma nova aprendizagem, auto-estima, autonomia e conhecimento.



segunda-feira, 23 de maio de 2011

Sociedade e Consumo


“Criança: A Alma do Negócio”
Comentário Crítico
Por Silvia Matos


Em todo o mundo o consumo vem aumentando de forma significativa. Um dos fatores se deve ao acúmulo de capital das empresas e expansão de produtos criados por elas, juntamente com os anúncios publicitários que propõem consumo a todo o momento. Além da profunda interferência que esse consumo causa a natureza pela exploração de matérias-primas necessárias às indústrias, tem trazido também mudanças no comportamento e nas relações humanas. O consumo tem se tornado a finalidade última, e em muitos casos passa-se a adquirir cada vez mais produtos supérfluos, motivo pela qual as indústrias têm investido na quantidade e variedade de bens e serviços.

A lógica da atividade econômica tem se invertido, pois tem ido além da satisfação das necessidades básicas, e o consumidor passa a estar a serviço da produção.  Com a finalidade de se escoar os bens, são criados técnicas de publicidade e propaganda cada vez mais arrojadas e criativas. Visto que, o tempo de vida útil dos produtos é encurtado, a sociedade do consumo está emersa na idéia da descartabilidade, o do “usar e jogar fora”. Dessa forma, a comunicação mercadológica voltou sua atenção para atrair o mundo infantil na busca da satisfação e do prazer imediato no ato de consumir. Passou a fazer isso sem dó e muitas vezes sem dar a menor atenção aos efeitos colaterais do exagero da sedução no desenvolvimento afetivo, intelectual e psicológico. Constantemente nos deparamos com cenas em que as crianças acumulam brinquedos e em um curto prazo de tempo desejam substituir por outro que estava mais na moda ou mais evidenciado pelos meios de comunicação. Hoje com freqüência vemos crianças a dar palpites e opinar sobre compras e acima de tudo a exigir coisas. Segundo Wallon, na idade de 3 aos 6 anos (idade do personalismo), a criança está dividida em um desejo intenso de autonomia e seu vínculo com as relações familiares. Nesse espaço em que ela se encontra pode ser mais fácil para ela fazer alguns ensaios de autonomia, na qual é levada a fazer escolhas, de negar algo, de discordar de alguém, de dizer não. Este mesmo autor afirma que o desejo intenso de autonomia também poderá influenciar nas escolhas de consumo que uma criança venha a ter em cada fase de desenvolvimento. A publicidade voltada para o mundo da criança tem estimulado também a vaidade infantil e a erotização através das roupas, músicas, do modismo em geral. No artigo “Os percursos do corpo na cultura contemporânea”, Malu Fontes apresenta o percurso do corpo, sobretudo o corpo feminino, que segundo seu estudo é mais suscetível aos modismos ditados pela Publicidade. Se os efeitos de marketing já são decisórios na vida de um adulto, quais seriam então as conseqüências disso na mente de uma criança?

É o que mostra o documentário “Criança: A alma do negócio”, nele abrange como a sociedade de consumo e as mídias interferem na formação de crianças e adolescentes e como estes se tornaram alvo de negócios para a publicidade. A imprensa descobriu que é muito mais fácil convencer uma criança do que um adulto. E por se tornar alvo fácil, é constantemente bombardeada pela indústria de consumo. O livre acesso à mídia e aos meios de comunicação por parte das crianças interfere diretamente no comportamento destas e no seu desejo de consumir. É comum encontrarmos nos shoppings e mercados, os pequenos chorando para adquirir ou consumir um produto. Para evitar um constrangimento, a mãe ou o adulto responsável não costuma negar. E o que chama a atenção é a brilhante memória infantil para as marcas e preferências. Pois o produto desejado é o que está na mídia com mais freqüência, através de propagandas divertidas e rótulos chamativos e bem coloridos. E se o produto adquirido não for o veiculado pela mídia, este não serve, porque a criança não compartilha da mesma convivência com os colegas e, portanto, é excluído.

Uma das cenas mais marcantes no documentário é quando uma das crianças entrevistada em seu espaço fechado, não reconhece as frutas e os legumes que lhe é mostrada. Por ter acesso à educação certamente conheça os nomes em figuras impressas em revistas ou livros didáticos, mas não houve nenhuma associação destes nomes aos objetos reais palpáveis, gerando até mesmo certa estranheza ao tocar a manga e a cheirar o pimentão. Porém foi certeira na marca do produto, quando lhe foi mostrado um saco de salgadinho. A cena apenas ratifica a concepção de que o uso indiscriminado de produtos industrializados pode prejudicar a saúde e a qualidade de vida de muitas famílias, colocando-as em situações de grande dependência e fragilidade. Ao deparar-me com essa cena automaticamente fui transportada a refletir na situação em que se encontrará o estado de saúde pública das próximas gerações!

O filme evidencia que o consumo é um hábito que aos poucos é incentivado e desde muito cedo é fomentada pelo excesso de publicidade veiculado na televisão e todos os outros meios de comunicação. Em parte, vale ressaltar que o assunto ficaria ainda mais sério caso retratasse do uso de mensagens subliminares para crianças e seus efeitos, que é uma forma ilegal de induzir a compra, na qual ela não se toma consciência, mas o cérebro é capaz de registrar em seu subconsciente um desejo, que pouco tempo depois de exposta a cena, dá vontade de consumir aquela marca, mostrada num intervalo de propaganda aparentemente simples e discreta.

Em contrapartida desse bombardeio, os cuidados da proteção da infância diante dos avanços publicitários, o Instituto Alana, organização sem fins lucrativos, tem como missão fomentar assistência social e educacional promovendo atividades em prol da defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes no que se refere às relações de consumo de forma geral e aos exageros no ato de consumir em que essas crianças são expostas. A partir daí, fica o questionamento: Onde se encontra a dimensão ética na Publicidade voltada para o mundo infantil? Chauí afirma que “toda moral é normativa, pois cabe-lhe a tarefa de inculcar nos indivíduos os padrões de conduta, os costumes e valores da sociedade em que vivem”. Conclui-se, portanto que a ética está estreitamente relacionada a moral, e que valores morais são a fonte de valores éticos, e que os valores morais é a base de uma sociedade em completa organização. Porém encontramos na televisão e nas mídias, a artificialização da existência, onde a publicidade apresenta às crianças uma série de objetos de consumo prometendo-lhes um mundo colorido cheios de sonhos e alegrias através de objeto de desejo, fazendo com que traços que seriam estabelecidos pela história familiar e pela experiência cultural passem a ser marcados de forma fragmentada pelas vias dos objetos.   


Webquest (módulo 5) - Poluição e Meio Ambiente

http://www.webeducacional.com/webquest/webquest/soporte_tabbed_w.php?id_actividad=2080&id_pagina=1